Uma viagem pela história que transformou encontros improvisados em megafestivais e abriu caminho para uma das indústrias mais potentes do século.
Feira batendo na porta, preparativos rolando pra ExpoCannabis, equipe afinando os detalhes… e a galera da Flora Urbana aqui naquela expectativa: “partiu mais uma, que f…!”. É impossível não pensar nisso: hoje são milhares de pessoas lotando os pavilhões e um mercado inteiro girando em torno da ganja. No meio de todo esse corre, rola aquele insight “caramba, olha onde a galera chegou!” Agora puxa o filme pra trás: já pensou como devia ser no início, nos primeiros encontros, quando não tinha stand, nem brinde, nem patrocinador, só coragem e vontade de mudar as coisas?
É essa viagem no tempo que a gente vai fazer agora!
Se hoje a cena canábica parece de outro planeta: feiras bombásticas, conferências milionárias, investidores engravatados apertando a mão de growers, é porque lá atrás alguém resolveu “meter a cara” e acender um no meio da rua. O caminho foi longo e cheio de fumaça, no bom sentido, até os eventos canábicos virarem esse mercado gigante.
Tudo começou la pelos anos 60 e 70. O Woodstock, em 1969, virou ícone: paz, guitarra e aquele cheirinho no ar que não deixava dúvidas sobre quem era a musa da festa. Pouco depois, nos EUA, os smoke-ins botavam gente na rua só pra fumar junto, mandando o recado: “a gente não vai parar”.
Mas foi a partir dos anos 80 que a cena ganhou formato. A Cannabis Cup, em Amsterdã, foi a primeira grande feira internacional, misturando competição de strains, música e cultura. Nos 90, a Seattle Hempfest explodiu de público e, em 1999, nasceu a Marcha da Maconha, que desembarcou logo depois no Brasil. Aqui, a cada ano o movimento cresce mais, com milhares de pessoas ocupando as ruas de cidades como São Paulo, Rio e Belo Horizonte. É a maior expressão da cultura canábica na América Latina.
Só que o jogo saiu da rua e ganhou escala. Com a legalização em vários países, os encontros cresceram e se transformaram em megaeventos. Estandes irados, sementes, cosméticos, gastronomia, ciência, turismo, moda, música… O público também multiplicou. Médicos, ativistas, curiosos, pacientes, artistas, empreendedores e investidores… São milhares de visitantes, de mochileiros a executivos, todos conectados pela mesma planta. A erva virou ponto de encontro de mundos diferentes.
A cena cresceu tanto que existe um verdadeiro calendário verde com eventos acontecendo o ano inteiro. E o que antes era só bandeira hippie hoje é business de gente grande. A cannabis virou mercado bilionário. E, no fim das contas, a essência continua a mesma: celebrar a planta e trocar experiências. Mas agora, a nuvem de fumaça é de oportunidades de negócio.
Quem diria que aquele baseado de protesto lá nos anos 70 ia virar o pontapé de uma das indústrias mais promissoras do século? Pois é, chegamos até aqui e ainda tem muito chão (e muita brisa) pela frente.
Partiu ExpoCannabis 2025
Dias 14, 15 e 16 de novembro